
Tendências e novidades sobre vinhos para ficar de olho em 2025
Quer descobrir quais são as principais novidades sobre vinhos? Então chegou ao lugar certo! Nosso time de especialistas separou as principais tendências do mercado para você não ficar de fora.
Em 2025, vamos observar diversas transformações no setor, do consumo de produtos sustentáveis ao investimento em embalagens alternativas para nossa bebida favorita, passando por novas regiões produtoras e chegando aos rótulos com informações nutricionais em vinhos europeus. Para saber mais novidades sobre vinhos, continue a leitura!
Vinhos veganos, orgânicos e viticultura sustentável
Atualmente, a pauta sobre sustentabilidade está presente em todos os segmentos, e no mundo dos vinhos não é diferente. Desde 2020, observa-se um aumento pela busca de rótulos veganos, orgânicos e elaborados com práticas éticas e sustentáveis.
Isso mostra que uma parcela significativa dos consumidores está mais preocupada com a saúde e o bem-estar, mas também em garantir um futuro sustentável.
As novas gerações querem comprar produtos de empresas éticas e atentas com a origem das matérias-primas, gestão de recursos naturais, dignidade no trabalho, entre outros fatores.
Nesse contexto, a vinificação orgânica e biodinâmica ganha bastante espaço, assim como a venda de vinhos produzidos sem o uso de insumos de origem animal.
Embalagens alternativas para vinho
A questão ambiental e as discussões sobre sustentabilidade também fizeram com que as embalagens alternativas para vinho surgissem como uma das tendências para os próximos anos. Isso porque a produção e o transporte das garrafas de vidro correspondem a mais de 50% da emissão de CO2, considerando todo o processo de elaboração e comercialização de vinhos.
Diante da necessidade de investir em alternativas para reduzir a pegada de carbono, opções como latas, bag in box, embalagens tetra pak, em papelão e pouches têm se mostrado populares, pois oferecem praticidade, são produzidas em materiais recicláveis e comportam maior quantidade de líquido, além de facilitarem o transporte e terem menor impacto ambiental.
A procura por vinhos de torneiras também têm tendência de aumento em 2025. Lançado recentemente, o sistema permite servir a bebida diretamente de barris ou cilindros, ao invés das tradicionais garrafas. Funcionam de maneira similar aos utilizados para cervejas artesanais.
O wine on tap entrega mais qualidade e frescor, evita oxidação, oferece eficiência em uma operação mais ágil, gera economia ao reduzir custos de embalagens, além de ser mais sustentável e reduzir o impacto ambiental.
Vinhos sem álcool, baixo teor alcoólico e menos calóricos
O foco crescente em saúde e bem-estar impulsionou o mercado de vinhos sem álcool, com baixo teor alcoólico e menos calóricos. Uma parcela considerável dos consumidores está optando por bebidas mais leves, que geram menor impacto no bem-estar físico.
Além disso, o vinho sem álcool, ou desalcoolizado, é uma boa alternativa para quem deseja reduzir ou parar de consumir bebidas alcoólicas.
Além disso, há um maior investimento em tecnologias e métodos de produção que garantem a qualidade sensorial desse tipo de vinho, permitindo o aproveitamento do aroma e sabor com menor teor alcoólico.

O consumo de vinhos menos calóricos, sem álcool e com baixo teor alcoólico está em pleno crescimento.
Vinhos rosés, brancos e espumantes
Estes tipos de vinhos possuem baixo teor alcoólico e, de acordo com pesquisa da Scanntech, empresa que reuni dados mercado, o consumo cresceu entre 2023 e 2024, mesmo durante o inverno. As altas foram de:
- Vinho branco: 6%
- Vinho rosé: 13%
- Espumante: 22%
Vale ressaltar que vinhos mais refrescantes foram os preferidos entre os brasileiros. Nota-se, por exemplo, maior tendência de consumo de sabores mais cítricos, como os rótulos elaborados com uvas sauvignon blanc.
Cultivo de castas autóctones
As consequências do aquecimento global estão sendo observadas nas regiões produtoras de vinho. Geadas, tempestades, ondas de calor, incêndios florestais, secas intensas, entre outros eventos climáticos, obrigaram os viticultores a buscarem soluções para se adaptar ao novo cenário.
Por esse motivo, está crescendo consideravelmente o cultivo de castas autóctones (variedades de uvas originárias de uma determinada região) uma vez que essas cepas, em geral, são mais resistentes às mudanças climáticas e intempéries, assim como à proliferação de pragas e doenças.
Um exemplo de produção de novas variedades autóctones está no Peru. Apesar de produzir vinhos há séculos, apenas recentemente, foram identificadas seis novas castas: jaén, cantarilla, ceniza (mulata), loca, moscatel negra rubío e negra de caravelí. As duas primeiras possuem maior potencial para elaboração de vinhos devido aos níveis de acidez.
Novas regiões produtoras
Em 2023, os impactos da crise climática nas regiões produtoras resultaram no aumento do preço e na redução da oferta de rótulos renomados. Em vista disso, novos países ganharam destaque, como a Inglaterra e seus espumantes elaborados a partir do método tradicional (Champenoise), além de Grécia, México e Peru.

Vinhos gregos, ingleses e de outras novas regiões estão se destacando no mercado, devido ao cenário do aquecimento global.
Consumo no Brasil
Após atingir o equilíbrio em 2024, o ano de 2025 tende a ser de recuperação global do mercado de bebidas alcoólicas. A queda, de acordo com os especialistas, não vem de um fator único, mas, sim, da tendência à diminuição do consumo de álcool pelas novas gerações.
No Brasil, entretanto, o que se nota é um aumento do consumo médio anual por habitante de 42%. O salto foi de 1,8 litro para 2,7 litros de 2019 para 2022. Até hoje, o patamar permanece nesse volume. E, assim, produtores europeus e sul-americanos passam a olhar mais para o mercado brasileiro.
Regiões brasileiras em ascensão
A produção de vinhos brasileiros também embarca nessa onda. Logo atrás do Rio Grande do Sul, o segundo maior produtor nacional é o estado de Pernambuco, principalmente na cidade de Petrolina, nas margens do Rio São Francisco, a única região do mundo a ter mais de uma safra no ano até o momento.
O estado de São Paulo teve um boom produtivo entre as safras de 2022 e 2023, chegando a 65 mil videiras, aumento de 700%. O que ajuda a fomentar a indústria e fortalecer o turismo são as rotas do vinho pelo estado.
A viticultura no Distrito Federal é favorecida pelo clima, a partir da oscilação entre altas e baixas temperaturas. A região também conta com projeto de enoturismo que movimenta o mercado local.
O estado de Minas Gerais também desponta como produtor de vinhos nacionais, sejam tintos, brancos ou rosés. O cultivo é majoritariamente de uvas importadas, como syrah, sauvignon blanc, chardonnay e merlots. Em 2022, a safra passou de 2 mil toneladas. Em 2024, a expectativa é superar a barreira das 2,5 mil toneladas.

As regiões produtoras brasileiras em ascensão são uma das novidades sobre vinhos.
Informações nutricionais nos rótulos
Uma determinação da União Europeia é uma das novidades sobre vinhos e deve impactar rótulos importados ao Brasil, uma vez que é necessário incluir a tabela de informação nutricional, lista de ingredientes completa e valor energético.
A medida vale para aqueles produzidos a partir de dezembro de 2023. No Brasil, a inclusão é facultativa e não precisa incluir todos os ingredientes, apenas a uva e os sulfitos. Entretando, rótulos exportados à Europa devem estar adequados às regras.
- Leia também: Vinícolas no Brasil que valem a pena conhecer!
O mercado de vinhos está sempre atento às novidades e à maneira como os consumidores se comportam. Por isso, é possível identificar quais rótulos estão em alta e até quais regiões começam a se destacar pela produção e por mudanças globais.
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Flávia
Sommelier internacional pela FISAR/UCS, pós-graduada em Marketing e Negócios do Vinho pela ESPM. Há 10 anos atuando no mercado e através de diversos canais de mídia especializados no mundo do vinho. Propago conhecimento para enófilos e amantes da bebida. Falar sobre vinhos é um prazer!