Tendências e novidades sobre vinhos para ficar de olho em 2025
Quer descobrir quais são as principais novidades sobre vinhos? Então, chegou ao lugar certo! Nosso time de especialistas separou as principais tendências do mercado, com informações diretamente de feiras sobre o ramo, para você não ficar de fora.
Em 2026, vamos observar diversas transformações no setor, com o avanço da tecnologia facilitando a produção, regiões emergentes, que incluem o Brasil, e como a sustentabilidade pode ser um grande diferencial na vinicultura. Para saber mais notícias de vinhos, continue a leitura!
Tendências no mundo dos vinhos em 2026
O mercado global de vinhos vem se reinventando cada dia mais: ao passo em que enfrenta desafios climáticos, surgem também oportunidades de inovação e novos formatos, muitas vezes gerados por mudanças no comportamento do consumidor.
Para o ano de 2026, as novidades sobre vinhos envolvem a sustentabilidade, com um público cada vez mais atento a esse tema, e a premiumização, com a busca por experiências mais sofisticadas.
Regiões emergentes
Uma das maiores novidades sobre vinhos é a mudança perceptível no mapa mundial da vinicultura. Regiões que, até então, tinham uma passagem mais discreta, começam a ganhar mais notoriedade.
Finger Lakes, EUA
Finger Lakes vem se destacando na produção de vinhos brancos minerais. Localizada no Estado de Nova York, Estados Unidos, a região se beneficia do clima frio, que favorece a produção de vinhos elegantes. As uvas que se destacam por lá são a cabernet franc e chardonnay.
Trentino, Itália
Trazendo uvas como a pinot nero, pinot grigio e lagrein, a região montanhosa do norte italiano produz frutas com acidez natural. O resultado é uma das denominações mais prestigiadas de espumante elaborado pelo método clássico: o Trento DOC.
Morávia, República Tcheca
Os solos calcários e arenosos da Morávia produzem vinhos com aromas limpos e frescor marcante. O destaque fica para as uvas riesling, grüner veltliner e pinot blanc.
Avanço da tecnologia
A tecnologia tem se tornado uma grande aliada das vinícolas ao redor do mundo, e as inteligências artificiais vêm ganhando espaço também no mercado de vinhos.
Apesar de ainda serem uma ferramenta de alto custo, seu uso se dá desde a cultivação, até a etapa de venda. No campo, sensores monitoram o crescimento das videiras, a qualidade do solo e as condições climáticas, permitindo identificar o melhor momento para colheita. Em etapas posteriores da produção de vinho, as inteligências artificiais auxiliam na definição do ponto de fermentação e até na criação de blends com variados tipos de uvas.

As inteligências artificiais podem ser grandes aliadas na vinicultura.
Produtos premium
Os consumidores têm buscado menos volume e mais qualidade. Nesse ponto, a diferenciação e a história por trás das vinícolas é um grande destaque, especialmente porque nota-se aumento no enoturismo: as pessoas estão buscando entender a fundo sobre a cultura vínica.
A qualidade não é medida apenas no sabor e nos aromas dos vinhos, mas também em toda a experiência de consumo, que começa já na embalagem.
Vinhos veganos, orgânicos e viticultura sustentável
Atualmente, a pauta sobre sustentabilidade está presente em todos os segmentos, e no mundo dos vinhos não é diferente. Desde 2020, observa-se um aumento pela busca de rótulos veganos, orgânicos e sustentáveis elaborados com práticas éticas e sustentáveis.
Isso mostra que uma parcela significativa dos consumidores está mais preocupada com a saúde e o bem-estar, mas também em garantir um futuro sustentável.
As novas gerações querem comprar produtos de empresas éticas e atentas com a origem das matérias-primas, gestão de recursos naturais, dignidade no trabalho, entre outros fatores.
Assim como a vinificação orgânica e biodinâmica ganha bastante espaço, junto com a venda de vinhos produzidos sem o uso de insumos de origem animal. Hoje, ser uma vinícola sustentável com selo B Corp é quase um requisito básico para o fornecimento de vinhos no mundo.
Embalagens alternativas para vinho
A questão ambiental e as discussões sobre sustentabilidade também fizeram com que as embalagens alternativas para vinho surgissem como uma das tendências para os próximos anos. Isso porque a produção e o transporte das garrafas de vidro correspondem a mais de 50% da emissão de CO2, considerando todo o processo de elaboração e comercialização de vinhos.
Diante da necessidade de investir em alternativas para reduzir a pegada de carbono, opções como latas, bag in box, embalagens tetra pak, em papelão e pouches têm se mostrado populares, pois oferecem praticidade, são produzidas em materiais recicláveis e comportam maior quantidade de líquido, além de facilitarem o transporte e terem menor impacto ambiental.
O wine on tap entrega mais qualidade e frescor, evita oxidação, oferece eficiência em uma operação mais ágil, gera economia ao reduzir custos de embalagens, além de ser mais sustentável e reduzir o impacto ambiental.
Vinhos sem álcool, baixo teor alcoólico e menos calóricos
O foco crescente em saúde e bem-estar impulsionou o mercado de vinhos sem álcool, com baixo teor alcoólico e menos calóricos. Uma parcela considerável dos consumidores está optando por bebidas mais leves, que geram menor impacto na saúde.
O vinho sem álcool, ou desalcoolizado, também é uma boa alternativa para quem deseja reduzir ou parar de consumir bebidas alcoólicas.
Além disso, há maior investimento em tecnologias e métodos de produção que garantem a qualidade sensorial desse tipo de vinho, permitindo o aproveitamento do aroma e do sabor com menor teor alcoólico.

O consumo de vinhos menos calóricos, sem álcool e com baixo teor alcoólico está em pleno crescimento.
Vinhos rosés, brancos e espumantes
Estes tipos de vinhos possuem baixo teor alcoólico e, no Brasil, eles têm ganhado preferência, com a procura aumentando, enquanto por vinho tinto diminuiu, a partir de dados da Ideal BI. Em 2024, a representação no mercado era de:
- Vinho branco: 26% (aumento de 6% em relação a 2020)
- Vinho rosé: 8% (aumento de 1%)
- Tintos: 66% (em 2020, esse número era de 73%)
Vale ressaltar que vinhos mais refrescantes foram os preferidos entre os brasileiros. Nota-se, por exemplo, maior tendência de consumo de sabores mais leves e minerais, como os rótulos elaborados, principalmente, com uvas sauvignon blanc, mas com aumento também da casta italiana fiano e viognier.
Cultivo de castas autóctones
As consequências do aquecimento global estão sendo observadas nas regiões produtoras de vinho. Geadas, tempestades, ondas de calor, incêndios florestais, secas intensas, entre outros eventos climáticos, obrigaram os viticultores a buscarem soluções para se adaptar ao novo cenário.
Por esse motivo, está crescendo consideravelmente o cultivo de castas autóctones (variedades de uvas originárias de uma determinada região) uma vez que essas cepas, em geral, são mais resistentes às mudanças climáticas e intempéries, assim como à proliferação de pragas e doenças.
Em Portugal, há a maior variedade de uvas autóctones catalogadas, tendo algumas bastante conhecidas: alvarinho, encruzado, fernão pires, touriga nacional, touriga franca, baga e trincadeira. Essas uvas oferecem identidade e diversidade aos vinhos.
Novas regiões produtoras
Os impactos da crise climática nas regiões produtoras, em 2023, resultaram no aumento do preço e na redução da oferta de rótulos renomados. Em vista disso, novos países ganharam destaque, como a Inglaterra e seus espumantes elaborados a partir do método tradicional (Champenoise), além de Grécia, México e Peru.

Vinhos gregos, ingleses e de outras novas regiões estão se destacando no mercado, devido ao aquecimento global.
Consumo no Brasil
Após atingir o equilíbrio em 2024, o ano de 2025 prometeu ser de recuperação global do mercado de bebidas alcoólicas. A queda, de acordo com os especialistas, não vem de um fator único, mas, sim, da tendência à diminuição do consumo de álcool pelas novas gerações.
No Brasil, entretanto, o que se nota é um aumento do consumo médio anual por habitante de 42%. O salto foi de 1,8 litro para 2,7 litros de 2019 para 2022. Atualmente, o consumo de vinho está em 2 litros per capta para adultos acima de 18 anos, fazendo com que produtores europeus e sul-americanos passam a olhar mais para o mercado brasileiro.
Durante o primeiro trimestre de 2025, o país movimentou R$ 3,9 bilhões em mais 110 milhões de garrafas comercializadas. A estimativa é que o ano finalize com cerca de R$ 22 bilhões movimentados, segundo a Exame. A projeção é de que esse número seja maior em 2026.
Regiões brasileiras em ascensão
A produção de vinhos brasileiros também embarca nessa onda. Logo atrás do Rio Grande do Sul, o segundo maior produtor nacional é o Estado de Pernambuco, principalmente na cidade de Petrolina, nas margens do Rio São Francisco, a única região do mundo a ter mais de uma safra no ano até o momento.
O Estado de São Paulo teve um boom produtivo em 2023, sendo 2,5 vezes maior que nos dois últimos anos somados. O que ajuda a fomentar a indústria e fortalecer o turismo é o programa Rota do Vinho, implementado pelo governo do Estado e que conta com a participação de mais de 60 vinícolas.
A viticultura no Distrito Federal é favorecida pelo clima, a partir da oscilação entre altas e baixas temperaturas. A região também conta com um projeto de enoturismo que movimenta o mercado local.
Minas Gerais também desponta como produtor de vinhos nacionais, sejam tintos, brancos ou rosés. O cultivo é majoritariamente de uvas importadas, como syrah, sauvignon blanc, chardonnay e merlot.

As regiões produtoras brasileiras em ascensão são uma das novidades sobre vinhos.
Informações nutricionais nos rótulos
Uma determinação da União Europeia é uma das novidades sobre vinhos e deve impactar rótulos importados ao Brasil, uma vez que é necessário incluir a tabela de informação nutricional, lista de ingredientes completa e valor energético.
A medida vale para aqueles produzidos a partir de dezembro de 2023. No Brasil, a inclusão é facultativa e não precisa incluir todos os ingredientes, apenas a uva e os sulfitos. Entretanto, rótulos exportados à Europa devem estar adequados às regras.
- Leia também: Vinícolas no Brasil que valem a pena conhecer!
O mercado de vinhos está sempre atento às novidades e à maneira como os consumidores se comportam. Por isso, é possível identificar quais rótulos estão em alta e até quais regiões começam a se destacar pela produção e por mudanças globais.
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Flávia
Sommelier internacional pela FISAR/UCS, pós-graduada em Marketing e Negócios do Vinho pela ESPM. Há 10 anos atuando no mercado e através de diversos canais de mídia especializados no mundo do vinho. Propago conhecimento para enófilos e amantes da bebida. Falar sobre vinhos é um prazer!



