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Guia Completo Do Vinho No Brasil: História, Regiões E Roteiros Imperdíveis

Guia completo do vinho no Brasil: história, regiões e roteiros imperdíveis

vinho no Brasil tem uma trajetória cheia de recomeços, adaptações e boas surpresas. Ele nasceu com a colonização, ganhou força com os imigrantes e hoje vive um momento de diversidade. Existem vinhos nacionais simples para o dia a dia e rótulos premiados que mostram como o país aprendeu a transformar seus climas e solos em estilo próprio.

Neste guia, você vai entender como o vinho brasileiro se formou ao longo dos séculos, quais são as regiões mais importantes, as uvas que melhor se adaptaram por aqui, os tipos de vinho que o país produz e, principalmente, como visitar vinícolas brasileiras com roteiros bem práticos de enoturismo. A ideia é te ajudar a beber melhor, escolher com mais segurança e planejar viagens que valem a pena. 

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A história dos vinhos no Brasil

Acredita-se que as primeiras videiras foram plantadas no Brasil em 1532, pouco tempo após a conquista do território pelo povo luso. Quem iniciou o projeto foi o fidalgo Brás Cubas.Com a chegada dos imigrantes, os principais Estados a plantarem uvas foram São Paulo e Rio Grande do Sul.

Contudo, os resultados não foram os desejados, uma vez que o clima e o solo brasileiro eram muito distintos dos terroirs europeus. Tanto é que a primeira casta a render bons frutos no território nacional foi a casta americana isabel (Vitis labrusca), na encosta superior do nordeste do Rio Grande do Sul, somente em 1742.

Ainda assim, a produção de vinhos brasileiros só ganhou força de fato com a vinda dos imigrantes italianos no século 19, já que o povo, além das cepas italianas, trazia consigo a cultura de consumo de vinhos e desejava que esse mercado prosperasse no Brasil.

Com o passar dos anos, o aprimoramento das técnicas de plantio e o investimento estrangeiro por parte de empresas multinacionais, como Moët, permitiu o crescimento da atividade vitícola brasileira, que hoje produz vinhos nacionais premiados dentro e fora do país.

Principais regiões produtoras de vinho no Brasil

Atualmente, com processos bem estabelecidos, tecnologias de ponta e valorização do terroir nacional, a viticultura brasileira segue em crescimento e conta com vinhedos e vinícolas em inúmeras partes do país. A seguir, falamos um pouco sobre cada uma delas. 

Rio Grande do Sul

É o coração do vinho no BrasilA Serra Gaúcha concentra a maior parte das vinícolas brasileiras, com forte presença de Bento Gonçalves, Garibaldi e Flores da Cunha.

Um destaque especial do Rio Grande do Sul é a Vale dos Vinhedos D.O., a primeira Denominação de Origem de vinhos e espumantes do Brasil. Esse selo reconhece oficialmente a qualidade e a identidade da região, e só pode aparecer em rótulos que seguem regras pré-definidas.

Para um vinho levar a D.O., as uvas precisam ser cultivadas dentro da área delimitada entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, com colheita manual e controle de produtividade.

Nos vinhos tintos, a merlot é a uva principal e obrigatória, podendo receber blends de cabernet sauvignon, cabernet franc e tannat. Nos brancos, a base é a chardonnay, com possibilidade de pequenas proporções de riesling.

Vinhedo no Rio Grade do Sul, no Brasil.

A maior parte das vinícolas e vinhedos brasileiros estão localizados no Rio Grande do Sul.

Já os espumantes da D.O. precisam ser feitos pelo método tradicional, a partir de chardonnay e/ou pinot noir, com tempo mínimo de amadurecimento sobre as leveduras. Na prática, isso garante rótulos que sigam o mesmo estilo safra após safra, que expressam o terroir local e a tradição vitivinícola da região.

Também há áreas de Indicações de Procedência (I.P.), como a Campanha Gaúcha, além de localidades que vêm ganhando reconhecimentos, como Farroupilha, Pinto Bandeira e Altos Montes, atestando a qualidade dos rótulos ali produzidos.

Santa Catarina 

Santa Catarina elabora vinhos e sucos a partir de uvas como isabel, chardonnay, sauvignon blanc e merlot, mas o grande diferencial do Estado está nos vinhos de altitude. Os rótulos contam com a Indicação de Procedência (IP) Vinhos de Altitude de Santa Catarina, selo que reconhece oficialmente a origem e a reputação dos vinhos feitos em vinhedos entre 900 metros e 1.400 metros de altitude, na região mais fria e alta do Sul do Brasil.

Segundo dados da Embrapa, trata-se de uma região que abrange 29 cidades a 900 e 1400 metros de altitude, sendo a área vitícola mais fria do Brasil. Os vinhos são elaborados a partir de uvas que maturam mais lentamente — por conta do clima temperado — e, como efeito, possuem maior concentração de aromas, além de serem leves e frescos no paladar.

Videiras em Santa Catarina para produção de vinhos brasileiros de altitude

Os vinhos de altitude são o grande destaque na produção vitícola de Santa Catarina.

Minas Gerais e São Paulo

Os Estados de Minas Gerais e São Paulo estão ganhando visibilidade nacional e internacional pela elaboração de vinhos finos, especialmente produzidos com a uva syrah.

As tecnologias aplicadas nessas áreas, como a dupla poda, permitem a colheita de inverno, evitando a maturação precoce das cepas, que ocorreria por conta do clima tipicamente tropical dessas regiões.

No Decanter Awards 2021, uma das premiações mais importantes do mundo dos vinhos, 14 rótulos da região sudeste brasileira receberam medalhas de prata e bronze, demonstrando a qualidade dos exemplares produzidos em São Paulo e Minas Gerais.

Bahia e Pernambuco

Os dois Estados do Nordeste se tornaram verdadeiras referências em termos de elaboração de espumantes e sucos de qualidade por conta do terroir particular do Vale do São Francisco, que compreende 503 municípios no eixo Petrolina-Juazeiro.

O clima é tropical semiárido, conta com alta incidência solar e baixo índice pluviométrico. Por mais que as chuvas sejam escassas, a região é destaque por conta do investimento na irrigação artificial, que a transformou na segunda maior produtora nacional de uvas viníferas e a única área do mundo capaz de realizar até três safras por ano.

O Vale do São Francisco possui I.P. (Indicação de Procedência) e elabora os chamados vinhos jovens, frutados e complexos em aromas. A particularidade desses exemplares foi rapidamente percebida, e os rótulos da região ganharam distinção no cenário nacional e internacional, inclusive em premiações, como a Grande Prova Vinhos do Brasil. 

Goiás

A rota de vinhos de Goiás é mais um exemplo das novas regiões produtoras que estão se tornando referência de cultura vitivinífera. A área é cercada por montanhas, tem clima seco e alta amplitude térmica; características que permitem a maturação ideal das uvas viníferas.

Tanto é que as condições climáticas da Serra dos Pirineus foram comparadas às de áreas muito tradicionais na produção de vinhos, como ChileArgentina e Califórnia.

Espírito Santo

O Estado vem chamando atenção no mapa do vinho no Brasil, principalmente na área serrana. O município de Santa Teresa é o principal polo vitivinícola capixaba e concentra a maior parte da produção estadual, com tradição ligada à imigração italiana e clima de montanha favorável ao cultivo.

terroir capixaba mistura altitude, noites mais frescas e solos bem drenados, o que ajuda a preservar acidez e aromas. A produção ainda é pequena quando comparada ao Sul do Brasil, mas já mostra diversidade de estilos.

Entre as uvas que vêm ganhando espaço estão cabernet sauvignon, syrah, malbec, merlot, sauvignon blanc, glera e alvarinho, com produtores testando novas castas e buscando identidade regional.

Principais uvas produzidas no Brasil 

Quando falamos da produção de vinho no Brasil, é importante lembrar que o país trabalha com dois grandes grupos de uvas: 

  1. Uvas viníferas (Vitis vinifera), as europeias usadas nos vinhos finos; 
  2. Uvas americanas e híbridas (Vitis labrusca e cruzamentos), muito presentes em vinhos de mesa e sucos. 

Essa mistura ajuda a explicar a diversidade da produção nacional. Também mostra por que o Brasil está entre os maiores produtores de uva em volume total: muita uva vai para suco e consumo in natura, e outra parte para vinhos finos.

Produtor colhendo uvas brancas.

Brasil produz uvas para vinhos finos, vinhos de mesa e sucos.

Uvas viníferas tintas (vinhos finos) 

As uvas viníferas tintas são as variedades europeias que melhor se adaptaram ao país e dão origem aos principais rótulos de vinhos finos brasileiros, com estilos que variam conforme o terroir de cada região.

Merlot

É uma das uvas mais adaptadas ao país, principalmente na Serra Gaúcha. Ela dá vinhos intensos, com potencial de guarda, frutados e elegantes, e é a casta base da D.O. Vale dos Vinhedos.

Cabernet sauvignon 

Muito plantada no Sul e na Campanha Gaúcha, costuma gerar vinhos mais estruturados, com boa capacidade de guarda. 

Cabernet franc 

Cresce junto com a cabernet sauvignon em várias regiões gaúchas. No Brasil, costuma ter perfil herbal sutil, fruta fresca e boa acidez. 

A cabernet franc foi uma das primeiras uvas plantadas na serra gaúcha e demonstra boa acidez, o que gera o potencial de guarda dos vinhos. 

Tannat 

tannat em ótima presença no Rio Grande do Sul, especialmente na Campanha, influenciada pela proximidade com o Uruguai. Produz vinhos intensos, com taninos firmes e escuros. 

Pinot noir 

Aparece em áreas frias do Sul. Muitas vezes, é usada tanto em tintos leves quanto em espumantes rosés e tradicionais. 

Syrah e alicante bouschet 

Estas duas são muito importantes no Nordeste (Vale do São Francisco) e no Sudeste de colheita de inverno. A syrah virou símbolo dos vinhos de inverno de Minas e São Paulo, com tintos concentrados e aromáticos. 

Uvas viníferas brancas (vinhos finos) 

As uvas viníferas brancas cultivadas no Brasil geram vinhos finos frescos e aromáticos, com destaque para os espumantes e rótulos de regiões mais frias. 

Chardonnay 

Chardonnay é a principal branca do país. Base de muitos brancos e da maioria dos espumantes premium do Sul. Também é uva obrigatória na Vale dos Vinhedos D.O. para vinhos brancos.

Produtor colhendo a uva branca chardonnay.

Dentre as castas brancas produzidas em solo nacional, a chardonnay é a principal.

Moscato 

Comumente utilizada para espumantes aromáticos, sobretudo na Serra Gaúcha. Também dá origem a vinhos tranquilos aromáticos. 

Riesling 

Tradicional no Sul desde os primeiros vinhos varietais. A riesling elabora brancos frescos, com boa acidez, e aparece também em blends, principalmente nos espumantes.  

Sauvignon blanc 

Adapta-se bem a áreas mais frias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entrega vinhos cítricos e com ervas frescas e aspargos. 

Uvas americanas e híbridas (vinhos de mesa e suco) 

Aqui está a base histórica da viticultura brasileira. Elas dominam o volume total processado no país e seguem essenciais para vinhos simples e para o suco de uva. 

Isabel 

É a variedade americana mais importante do Brasil. Resistente e produtiva, é muito usada para suco e vinhos de mesa. 

Bordô 

Tradicional no Sul e Sudeste, aparece tanto para vinhos de mesa quanto para sucos de uva com uma consistência mais intensa.  

Niágara rosada 

É a americana mais comum para mesa no país. Também pode virar vinhos simples e sucos, sendo muito ligada ao consumo cotidiano. 

Tipos de vinho produzidos no Brasil 

A diversidade dos vinhos do Brasil tem relação direta com clima, técnicas de cultivo e escolha das uvas. Hoje, dá para encontrar desde vinhos leves e simples até rótulos de guarda e espumantes premiados.

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Uma forma interessante de entender essa variedade é lembrar que o Brasil tem três modelos de produção em prática ao mesmo tempo: 

  • Vitivinicultura tradicional (Sul, com colheita no verão); 
  • Vitivinicultura de inverno (Sudeste, com colheita no inverno seco); 
  • Vitivinicultura tropical (Nordeste, com mais de uma safra ao ano). 

Veja a seguir os principais tipos de vinho nacional e o que esperar de cada um. 

Vinhos tranquilos 

No Brasil, eles variam bastante de estilo conforme a região. 

  • Sul: tintos de merlot, cabernet sauvignon e tannat, com boa acidez e fruta evidente; brancos de chardonnay, sauvignon blanc e riesling itálico, frescos e aromáticos. 
  • Sudeste (vinhos de inverno): tintos mais concentrados, principalmente de syrah, com estrutura e notas maduras. 
  • Nordeste (tropicais): vinhos jovens, frutados, florais e pensados para consumo mais cedo. 

Em termos de perfil, o vinho brasileiro costuma trazer fruta bem definida e acidez presente, que combina com o clima do país e com a gastronomia local. 

Espumantes brasileiros 

Os espumantes são um dos maiores orgulhos da produção de vinho nacional. O Sul, especialmente a Serra Gaúcha e as regiões de Pinto Bandeira, reúne condições ideais para as castas chardonnay e pinot noir, que são a base da maioria dos rótulos. 

Encontramos espumantes em diferentes estilos: 

  • Brut e nature: mais secos, com foco em frescor e cremosidade; 
  • Moscatel: aromáticos e levemente doces, muito populares no Brasil; 
  • Rosés: feitos com pinot noir ou castas tintas locais, com perfil frutado. 

Vinhos frisantes 

Os vinhos frisantes são gaseificados artificialmente, ao contrário dos espumantes. Normalmente, são brancos ou rosés, com perfil leve, frutado e refrescante.  

No Brasil, eles aparecem como uma porta de entrada para novos consumidores e costumam ser feitos para consumo jovem.

Pessoas brindando com vinho frisante.

Frisantes são vinhos populares entre o público iniciante.

Vinhos de mesa 

Este tipo é uma parte histórica do vinho nacional. Ele é produzido, em grande parte, com uvas americanas que se adaptaram bem ao clima do país. 

Hoje, a principal produção de vinho no Brasil é do vinho de mesa. São muito consumidos nas regiões Sudoeste e Nordeste e, normalmente, são de estilo suave. São vinhos menos complexos, com aromas primários e com estilo direto.  

Mesmo não sendo o foco dos rótulos finos, eles marcam a cultura de consumo do país e têm peso grande no volume total produzido, fazendo a economia do setor girar. conomia do setor girar.  

Vinhos de inverno (dupla poda) 

No Sudeste, a técnica da dupla poda mudou o jogo. Ao controlar a videira para que ela produza no inverno seco, o produtor evita a época de chuva e consegue uvas mais maduras e saudáveis.  

A syrah é a uva símbolo desses vinhos, mas outras castas tintas também aparecem. 

Vinhos tropicais (Vale do São Francisco) 

O Vale do São Francisco é um caso único. O clima quente o ano todo e o manejo com duas podas permitem até três safras anuais. 

Vinhos licorosos e de sobremesa 

O Brasil também produz vinhos doces, geralmente em escala menor. Eles aparecem em versões de colheita tardia, moscatéis e alguns fortificados artesanais, sobretudo no Sul. São rótulos para acompanhar sobremesas ou queijos azuis. 

Existe vinho sem álcool no Brasil? 

Sim. Ainda é um segmento pequeno, mas crescente. Hoje, já existem espumantes e vinhos nacionais desalcoolizados, principalmente em estilos mais leves. A proposta é manter o ritual e o sabor frutado, com teor alcoólico zero ou próximo de zero. 

Guia de visitação de vinícolas brasileiras 

Visitar vinícolas é uma das formas mais gostosas de entender o vinho do Brasil. A experiência muda bastante de região para região, mas algumas dicas ajudam em qualquer roteiro.

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Reserve antes de ir 

A maioria das vinícolas trabalha com horários fixos e grupos pequenos. Em épocas cheias, como férias e vindima (de janeiro a abril), as vagas acabam rápido. 

Veja o tipo de tour oferecido

Existem visitas rápidas só com degustação e outras completas, com vinhedo, área de produção, caves e provas guiadas. Se você quer aprender mais, escolha a visita completa. 

Intercale degustação e comida 

Degustar vários rótulos sem comer atrapalha a percepção e cansa mais rápido. Muitas vinícolas têm restaurantes ou tábuas para harmonizar. 

Planeje deslocamento e tour 

Em rotas onde as vinícolas ficam próximas, dá para ir de carro. Em regiões com estradas rurais (como Campanha ou São Joaquim), vale combinar motorista, táxi local ou tour. E evite dirigir depois de degustar.  

Saiba qual é a melhor época 

  • Vindima no Sul: janeiro a março. 
  • Colheita de inverno no Sudeste: junho a agosto. 
  • Vale do São Francisco: safra quase o ano todo. 

Ir na época certa deixa a visita mais rica. 

Vá com roupa confortável 

Quase todo tour inclui áreas externas, parreirais e terreno irregular. Isso faz parte do passeio. 

Roteiros e enoturismo no Brasil 

As rotas de vinho no Brasil são bem diferentes entre si. Algumas têm tradição centenária, outras são novas e cheias de personalidade. A seguir, um guia de viagem para cada destino! 

Vale dos Vinhedos (RS) 

É o roteiro mais conhecido do país e a região da primeira Denominação de Origem brasileira. Fica entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, com muitas vinícolas próximas umas das outras. 

A região concentra algumas das vinícolas mais visitadas do país, como Casa ValdugaMioloPizzatoAurora, Salton e Lidio Carraro, além de várias familiares menores ao longo da rota. 

O que vale colocar no roteiro: 

  • Visitas com degustação. 
  • Passeio pelos vinhedos, especialmente na vindima. 
  • Almoço harmonizado dentro de vinícolas. 
  • Lojas de queijos, salames e geleias na rota. 

Dica do Divvino: Se tiver só um dia, escolha duas vinícolas bem diferentes. Se tiver dois dias, inclua passeios de final de tarde (muitas vinícolas têm experiências ao pôr do sol).

Flores da Cunha e Monte Belo do Sul (RS) 

Flores da Cunha e Monte Belo do Sul têm forte ligação com a imigração italiana e fazem parte do coração vitivinícola da Serra Gaúcha. É um roteiro perfeito para quem já está em Bento Gonçalves e quer ver um lado mais rural, com paisagens culturais muito vivas. 

Normalmente, o trajeto pode ser feito saindo de Bento, passando por Farroupilha, seguindo para Flores da Cunha e Monte Belo (que ficam bem próximas) e depois retornando para Bento.  

O caminho “por dentro”, alternando estrada de chão e asfalto, é parte do charme. Ele passa por vinhedos ao redor da estrada, casas centenárias e cantinhos típicos, com opções de café colonial no meio do percurso. 

Vinícolas para visitar: Luiz Argenta, Monte Reale (ambas em Flores da Cunha), Vallebello e Calza (essas duas em Monte Belo do Sul). 

O que vale colocar no roteiro: 

  • Passeio de carro sem pressa, só curtindo a paisagem e parando em cantinas e cafés coloniais. 
  • Visitas guiadas em vinícolas familiares e pequenas propriedades ao longo do caminho. 
  • Paradas para compras de produtos locais, como queijos, salames, geleias e vinhos direto do produtor. 

Dica do Divvino: se puder, faça esse roteiro entre janeiro e março. As videiras ficam carregadas, o cheiro de uva aparece no ar por causa da colheita e a viagem vira uma experiência visual e aromática inesquecível. 

Campos de Cima da Serra (RS)

Região alta do Rio Grande do Sul, perto de Vacaria, com clima frio e vinhos mais intensos. É também um destino de turismo rural forte.

Aqui, os nomes são Vinícola CampestreFamília Lemos de AlmeidaAracuri e Sopra. 

O que vale colocar no roteiro: 

  • Visita guiada com prova harmonizada. 
  • Paradas em fazendas e restaurantes locais. 
  • Trilhas leves e mirantes da região. 
  • Visita à RAR, uma das maiores fábricas de queijo parmesão do Brasil.  

Dica do Divvino: reserve pelo menos dois dias e vá de carro, porque as vinícolas ficam mais afastadas entre si e o trajeto pela serra faz parte do charme do roteiro. 

Planalto Catarinense (SC) 

Aqui nascem os vinhos de altitude de Santa Catarina, com vinhedos acima de 900 metros. O clima frio e a maturação lenta deixam os vinhos mais aromáticos e com boa acidez. 

Entre os produtores de vinhos em Santa Catarina estão Villa FrancioniQuinta da NeveLeone di VeneziaPericóVivalti e Monte Agudo, quase sempre com visitas que incluem vinhedo, caves e prova guiada. 

O que vale colocar no roteiro: 

  • Degustações guiadas de vinhos de altitude. 
  • Passeio ao pôr do sol entre vinhedos. 
  • Harmonizações com queijos e carnes de inverno. 

Dica do Divvino: programe a visita entre outono e inverno para pegar clima mais seco e frio, que deixa os vinhos ainda mais expressivos e a paisagem mais bonita.

O vinho no Brasil cresceu com trabalho, criatividade e diversidade. Ele se espalhou por regiões muito diferentes, encontrou uvas que se adaptaram bem e criou estilos próprios, do espumante do Sul aos vinhos tropicais do Nordeste. E, além da garrafa, ele virou viagem, paisagem e cultura.

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Flávia

Sommelier internacional pela FISAR/UCS, pós-graduada em Marketing e Negócios do Vinho pela ESPM. Há 10 anos atuando no mercado e através de diversos canais de mídia especializados no mundo do vinho. Propago conhecimento para enófilos e amantes da bebida. Falar sobre vinhos é um prazer!

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