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Arte, Vinho E Paixão: Conheça A Bacalhôa, Vinícola Portuguesa

Arte, vinho e paixão: conheça a Bacalhôa, vinícola portuguesa

A relação entre o vinho e a arte é profunda e multifacetada, permeando diversas áreas criativas e culturais ao longo da história. Essa conexão se manifesta de várias formas, seja por meio da inspiração que os artistas encontram na bebida até a própria produção e degustação de rótulos.

Na Bacalhôa, vinícola portuguesa com 500 anos de história, esta relação é ainda mais evidente. Continue a leitura e conheça detalhes sobre essa quinta com uma história que remonta há séculos!

História da vinícola Bacalhôa, de Portugal

A Quinta da Bacalhôa conta com mais de 100 anos de existência. Foi fundada em 1922 por João Pires & Filhos, com foco na produção de vinho a granel. Cerca de 50 anos depois, as primeiras vinhas foram plantadas no local.

De lá para cá, a vinícola foi responsável por desenvolver uma grande quantidade de rótulos que solidificaram a importância do empreendimento, assim como conquistou a preferência de enófilos ao redor dos quatro cantos do mundo.

Atualmente, a quinta tem como missão a produção e a comercialização de vinhos de qualidade, que remetem e fazem jus às características das zonas vitivinícolas de Portugal e à tradição da produção do país, tudo isso “alimentados por uma constante aposta na inovação tecnológica e no recrutamento de colaboradores experientes”.

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Regiões de cultivo

A Bacalhôa conta com um total de 1.200 hectares de vinhas, nos quais 40 castas distintas são produzidas. Além disso, são quatro centros vínicos (adegas) que constituem o Grupo Bacalhôa. Características que, juntas, correspondem a um centro de produção autônomo em 70%.  

Conheça, a seguir, detalhes sobre cada uma das regiões produtoras portuguesas em que a Bacalhôa está presente.

Península de Setúbal

A Península de Setúbal está envolta pelo oceano Atlântico, mas também por dois rios: Tejo e Sado. Caracterizada por uma abundante natureza, é nela em que o Moscatel de Setúbal é produzido, um vinho clássico da Bacalhôa.

O terroir da área varia entre zonas planas e arenosas, e contempla a paisagem mais montanhosa da Serra da Arrábida, cuja altitude elevada e proximidade do mar beneficia as vinhas de um clima mais atlântico. No entanto, é definido como mediterrânico, transitando entre verões quentes e secos, invernos amenos, porém chuvosos, e umidade elevada.

vinhos Península Sétubal

A Península de Setúbal é marcada por verões quentes e secos, além de invernos amenos, mas chuvosos. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

Vinho Branco Licoroso Bacalhôa Moscatel Roxo De Setúbal

Um vinho licoroso da Península de Setúbal para experimentar! Visualmente, tem coloração topázio escura. No nariz, revela aromas intensos, com notas de flor de laranjeira, rosas, passas, amêndoas e mel. Em boca, nota-se paladar untuoso, que equilibra perfeitamente doçura e acidez.

Alentejo

De planícies ensolaradas, Alentejo é uma zona soalheira, o que permite a maturação ideal das uvas, ainda que as temperaturas sejam bem elevadas durante o verão.

Plantadas nas encostas íngremes da serra ou nas planícies, o solo alentejano é composto por argila, granito, calcário ou xisto, o que colabora com o desenvolvimento de castas brancas autóctones, entre elas a roupeiro, arinto e antão vaz, mas também das tintas trincadeira, aragonez e alicante bouschet (variedade francesa que teve boa adaptação em Alentejo).

Alentejo

Em Alentejo, zona soalheira, são cultivadas castas tintas e brancas. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

Bairrada

Quando o assunto é produção de espumantes portugueses, brancos e tintos, a região de Bairrada é considerada a principal, sendo inclusive uma das pioneiras.

Com foco no cultivo de castas como baga, maria gomes, bical, arinto, touriga nacional, chardonnay e pinot noir, Bairrada é marcada por um clima fresco e úmido. Tem solos argilo-calcários e arenosos, resultando em uvas de alta acidez e baixa graduação alcoólica.

Não por acaso, os vinhos são frescos, aromáticos e capazes de encantar paladares com facilidade!

Bairrada bacalhôa

Em Bairrada, o foco é a produção de espumantes portugueses. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

Vinho Tinto Português Aliança Bairrada Reserva

Nada melhor do que um clássico rótulo português para experimentar o potencial do terroir da Bairrada. De coloração violeta intensa, revela aromas frutos vermelhos maduros. No paladar, é macio e com final de boca persistente.

Douro e Dão

Sem dúvidas, duas das regiões vinícolas mais importantes de Portugal, e reconhecidas em todo o mundo, são os vales do Douro e do Dão. Justamente por entender que essas áreas são marcadas por características excepcionais, a Bacalhôa cultiva vinhas em ambas.

Classificada pela Unesco como Patrimônio Mundial, a região do Douro é rodeada de montanhas. Muito mais do que uma paisagem encantadora, essa característica faz com que a área desenvolva um clima particular. 

O território marcado por declives acentuados é a casa de uvas como touriga nacional, touriga franca, tinta roriz, tinta barroca e tinto cão.

Região Douro

A região do Douro é classificada pela Unesco como Patrimônio Mundial. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

No Dão, conhecido como a “borgonha portuguesa”, a generosidade da natureza também é evidente. Situado na Beira Alta, no centro Norte de Portugal, o local apresenta condições geográficas excelentes para os vinhedos.

As uvas são cultivadas em solos xistosos ou graníticos, entre os 400 e 700 metros de altitude acima do nível do mar. Ao passo que o clima é frio e chuvoso no inverno, mas muito quente e seco no verão.

Por ser rodeado por serras, entre elas Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela, o desenvolvimento de castas como touriga nacional, alfrocheiro, tinta roriz, aragonez, jaen e encruzado, é blindado dos ventos provenientes do Atlântico. Condições únicas para a produção de vinhos únicos!

Região Dão

O Dão também é conhecido como a “borgonha portuguesa”. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

Vinho Tinto Português Quatro Ventos Douro

Este rótulo tinto é um blend das uvas tinta barroca, tinta roriz e touriga franca. Produzido na região do Douro D.O.C., tem coloração rubi médio, aroma de frutas vermelhas, além de um toque sutil de ervas e especiarias. Uma opção de taninos suaves, concentrada e complexa, que traz ligeira doçura no final na boca. 

Harmoniza perfeitamente com um bacalhau e salmão, mas também pratos de carnes vermelhas magras. O tempo de guarda é de cinco anos.

 

Vinho Português Bacalhôa Quinta Dos Quatro Ventos Douro Gran Reserva

A Quinta dos Quatro Ventos está situada no Douro, a mais antiga região demarcada do mundo, e parece um enorme jardim de areia japonês, com um simbólico pombal — representado no rótulo deste vinho produzido com castas típicas da região, como touriga nacional, touriga franca e tinta roriz.

Com passagem por barrica francesa durante 14 meses, tem visual granada muito concentrado, aromas de frutos vermelhos, assim como nuances de tabaco e chocolate preto.No paladar, é suave, fresco, equilibrado e elegante.

Harmoniza com carnes como coelho bravo guisado, ensopado de javali, escondidinho de carne seca, além de perdiz estufada com presunto e risoto de cordeiro.Vinho Português Quatro Ventos Douro

Vinhos Verdes D.O.C.

A região de Vinhos Verdes é uma denominação de origem controlada (D.O.C.) cujo foco está na produção de vinhos brancos, tintos, rosés e espumantes leves e refrescantes. Ela representa mais de 34.000 hectares espalhados em uma área litoral, bem localizada geograficamente.

Rica em recursos hidrográficos, apresenta temperaturas amenas, pequena amplitude térmica e solos graníticos e xistosos. Por lá, são cultivadas as castas alvarinho, azal, avesso, loureiro, pedernã e trajadura.

Vinhos brancos leves

A Vinhos Verdes D.O. visa a produção de vinhos brancos leves e refrescantes. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

Casal Mendes Vinho Verde D.O.C.

Este rótulo branco combina as castas azal, perdeña, trajadura e loureiro cultivadas na Vinho Verde D.O.C, na região de Aliança. Para quem deseja conhecer um legítimo Vinho Verde português, esta é a opção ideal.

De coloração amarelo-palha com reflexos esverdeados, tem aroma frutado com notas cítricas e florais. No paladar, é ligeiramente ácido, o que garante um frescor com final de boca suave. Vai muito bem com mariscos, carnes brancas, saladas leves ou massas.

Vinho verde Casal Mendes

Casal Mendes Rosé

Se você é fã de rosés e busca apreciar um rótulo que exale aroma e frescor, este blend meio seco foi eleito pelo Decanter Asia Wine Awards como um dos melhores apresentados. 

A partir de uvas do tipo baga, conhecida pelo tamanho pequeno e a casca espessa de intensa coloração púrpura, temos um rótulo de cor rosa com bordas salmão, aromas de abacaxi e banana, além de boa acidez.

A recomendação é que seja consumido em temperaturas entre 3°C e 7°C e, na hora de harmonizar, boas opções são quiche de alho poró, peixes grelhados ou até mesmo sashimis.

Vinho rosé Casal Mendes

Casal Mendes Tinto

A opção tinta da linha Casal Mendes é despretensiosa e perfeita para diversas ocasiões. Elaborado a partir de um blend das uvas tinta roriz e touriga nacional, este rótulo meio seco tem coloração rubi e aromas de frutas pretas maduras. No paladar, é equilibrado.

Harmoniza com tábua de frios e queijos, lasanha à bolonhesa, salada com carnes brancas, risotos, massa ao sugo e carnes vermelhas magras.

Vinho tinto Casal Mendes

Lisboa

Atualmente, Lisboa figura entre as maiores regiões produtoras de vinhos de Portugal, além de ser uma das mais conhecidas. Próximas ao fresco e ventoso Atlântico, as vinhas cultivadas nessa área — uma terra de paradoxos e muita diversidade — são influenciadas pelo clima temperado de verões frescos e invernos pouco intensos, apesar das zonas mais afastadas do mar serem um pouco mais frias.

A área de cerca de 40 km, que já foi conhecida como Estremadura, situa-se a noroeste de Lisboa. É constituída por nove denominações de origem: Colares, Carcavelos, Bucelas, Alenquer, Arruda, Torres Vedras, Lourinhã, Óbidos e Encostas d’Aire.

Região de Lisboa

Nove denominações de origem compõem os 40 km da região de Lisboa. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

Terras da Beira

No coração do interior Norte de Portugal, Terras da Beira é o local onde as vinhas são plantadas em zonas planálticas ou de encosta, entre 350 e 700 metros de altitude.

De clima continental, passa por invernos frios e rigorosos, além de verões quentes e secos. O terroir é maioritariamente de natureza granítica, mas apresenta e xistos e, embora menor, ascendência arenosa.

As castas tintas da região são a rufete, touriga nacional, bastardo, tinta roriz e trincadeira. Mas também há uvas brancas: fonte cal, síria, malvasia e arinto. 

Uvas cultivadas entre 350 e 700 metros de altitude

Em Terras da Beira, as vinhas são cultivadas entre 350 e 700 metros de altitude. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

Enoturismo na Bacalhôa

Em cada uma das quintas da Bacalhôa, os fãs de enoturismo podem encontrar experiências que envolvem o tema “arte, vinho e paixão”. 

Em Sangalhos, há o Aliança Underground Museum, o primeiro Museu subterrâneo no qual estagiam espumantes, vinhos e aguardentes. A diferença é que essa etapa acontece em perfeita união com oito coleções de arte:

  • Coleção Arqueológica;
  • Coleção Etnográfica Africana;
  • Escultura Contemporânea do Zimbabué;
  • Minerais;
  • Fósseis;
  • Azulejaria;
  • Cerâmica das Caldas;
  • Índia – Mito, Sensualidade e Ficção.

Já em Bombarral, os visitantes têm a oportunidade de apreciar a Quinta dos Loridos, onde se encontra o maior jardim oriental da Europa, o Bacalhôa Buddha Eden. Com cerca de 35 hectares, o espaço foi desenvolvido em protesto contra a destruição dos Budas Gigantes de Bamyan.

Na Vila Nogueira de Azeitão, o passeio transita entre a arquitetura, a decoração e os jardins do Palácio da Bacalhôa. Ao longo dos tempos, o imóvel foi embelezado com azulejos portugueses dos séculos 15 e 16, evocando desenhos mouriscos, e com uma casa do lago.

Ainda na Vila Nogueira, há o Bacalhôa Adega Museu. Oportunidade excelente para se aprofundar nessa história que une vinho, natureza e arte.

  • Essas são apenas algumas opções de enoturismo na vinícola Bacalhôa. Para conhecer todas, clique aqui.
Palácio da Bacalhôa

O Palácio da Bacalhôa é uma das opções de enoturismo oferecidas pela vinícola portuguesa. | Imagem: Reprodução Bacalhôa PT

A história da vinícola Bacalhôa envolve vinho e arte de uma forma encantadora. Conhecendo as opções de enoturismo e os rótulos produzidos, é possível reafirmar esse vínculo tão impressionante. E que tal descobrir, na prática, como essas duas paixões se complementam? 

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Flávia

Sommelier internacional pela FISAR/UCS, pós-graduada em Marketing e Negócios do Vinho pela ESPM. Há 10 anos atuando no mercado e através de diversos canais de mídia especializados no mundo do vinho. Propago conhecimento para enófilos e amantes da bebida. Falar sobre vinhos é um prazer!

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